domingo, 9 de setembro de 2012

Centro Espírita Meimei Virtual: ORAÇÃO A DEUS

Centro Espírita Meimei Virtual: ORAÇÃO A DEUS: ORAÇÃO A DEUS Pai de grandiosa bondade e misericórdia graças te dou pelo amor que devotas aos teus filhinhos. Senhor eterno e grandioso agra...

quinta-feira, 22 de março de 2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Centro Espírita Meimei Virtual: Deus,Cristo e Caridade

Centro Espírita Meimei Virtual: Deus,Cristo e Caridade: É belíssimo o lema de Ismael:"DEUS,CRISTO E CARIDADE". Deus é nosso pai amado.A inteligência primeira de todas as coisas.O criador do unive...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O JOVEM RICO

O jovem rico No capítulo XVI do EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO pertecente aos livros da codificação da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec,deparamos com a narrativa evangélica de Mateus 19:16 a 24 onde um jovem rico indaga ao Cristo como poderia conquistar a vida eterna.O Mestre então orienta ao jovem seguir os mandamentos da Lei.O rapaz então relata que já vinha seguindo a bela prescrição desde a mocidade.Jesus dá uma nova orientação:"Venda tudo que possua e dê aos pobres e depois me segue".O jovem foi embora muito triste,pois era muito rico. Por seguir todos os mandamentos o jovem considerava-se quite com as Leis divinas.Nessa lição o Mestre jamais quiz orientar que as pessoas ricas devem despojar de sua riqueza.Ele quiz mostrar como é grande o "apego aos bens materiais por parte dos homens".A riqueza é uma prova mais díficil do que a própria miséria,pois é o supemo excitante do orgulho,do egoismo e da vida sensual.É o laço mais forte que que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos. Jesus propunha ao jovem uma prova decisiva.Ele podia,sem dúvidas,ser um bom homem na opinião do mundo e não causar dano algum seus semelhantes,não maldizer o próximo,não ser orgulhoso,honrar seu pai e sua mãe,mas não era caridoso para com o seu próximo. Não adianta conhecer os belos princípios e não colocá-los em prática.Como poderíamos dormir tranquilos se não estendemos a mão caridosa e fraterna para milhares de irmãos famintos e que passam por tantas dificuldades enquanto nossa conta bancária esta "lá nas alturas".Conhecemos essa Doutrina consoladora.Aprendemos que "fora da caridade não há salvação" e nada fazemos para aliviar os sofrimentos daqueles que Deus colocou em nosso caminho para que pudessemos dar assistência.O capítulo do Evangelho é bem claro:"NÃO PODEMOS SERVIR A DEUS E A MAMON".Ninguem presisa despojar de toda a sua riqueza,mas pode por amor e caridade fazer um bom uso dela.Somos apenas depositários da riqueza e no momento certo vamos prestar conta ao pai celeste daquilo que fizemos dela. A riqueza deve gerar o progresso do planeta e da humanidade.Sendo assim devemos despojar é o orgulho e o egoísmo e auxiliar nossos irmãos que nos estendem a mão rogando nossa ajuda.E tenhamos a certeza de que quando voltarmos a pátria espiritual toda a riqueza e todos os títulos ficaram na Terra.E que o mais rico será aquele cheio de virtudes e tiver amado mais aos seus semelhantes.O dinheiro e o ouro não compram os melhores lugares no mundo espiritual. MARCELO PAULO- Jornalista SOCIEDADE ESPÍRITA KARDECISTA MENSAGEIROS/GDMEM

DEUS PRESENTE

DEUS PRESENTE Perdeu a fé por alguns momentos? Não esqueça que o bom Deus jamais abandona seus filhos. Passou pelas crises da vida? Deus te sustenta em todos os momentos. Problemas de enfermidade no próprio corpo? Deus envia os bos anjos para socorre-lo nos momentos adversos. A tua dor não é maior.Há irmãos que jazem em leitos por muitos dias. Lutas com a família difícil? Já procurou pensar e refletir se não é você o obstáculo do outro? Deus te concede a paciência necessária para suportar com coragem os entraves dos irmãos do caminho. Problemas no trabalho? Já procurou dar tudo de si para auxiliar a teu próximo no dia a dia? Tenhamos a certeza de que a nossa felicidade depende de nós mesmos e que Deus sempre colabora com a sua bondade para que possamos vencer os contratempos diários. VANCESLAUS

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

NOÇÕES ELEMENTARES DE DOUTRINA ESPÍRITA

NOÇÕES ELEMENTARES DA DOUTRINA ESPÍRITA Muitos confundem o Espiritismo com as religiões afro-brasileiras.Isso ocorre pela falta de conhecimento e ignorância.Falta um estudo mais amplo sobre o assunto do Espiritismo e das religiões afro-brtasileiras.O Espiritismo é confundido com religiões como Umbanda,Candomblé e outras afro-brasileiras.Deixamos claro nesse artigo que temos o maior respeito por essas religiões bem como de seus membros e participantes.Não temos a prentenção de menosprezar o culto desses irmãos,pois sabemos que quando uma religião produz o maior numero de homens de bem isto é o que importa. Nesse artigo queremos mostrar a puresa doutrinária do espiritismo.A Doutrina Espírita ou Espiritismo foi codificada na França por Allan Kardec(1804-1869) que contou com o auxílio dos espíritos superiorespara escrever as Obras Básicas:O Livro dos Espíritos,1857;O livro dos Médiuns,1861;O Evangelho segundo O Espiritismo,1864;O Céu e o Inferno,1865 e a Gênese em 1868. O Espiritismo é uma Doutrina cristã,pois realiza o que o Cristo disse do consolador prometido:conhecimento das coisas,fazendo com que o homem saiba da onde vem,para onde vai e por que está na Terra;atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.O Espiritismo pode ser estudado,analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida,tais como científico,filosófico,religioso,ético,moral,educacional e social. São ensinamentos fundamentais da Doutrina Espírita: I)A crença em Deus que é a inteligência suprema e calsa primeira de todas as coisas.Deus é nosso pai celeste e ama a todos os seus filhos.Quando assim falamos queremos deixar claro que todos somos seus filhos e não suas criaturas.Deus é bom,justo,único,imaterial,onipotente e jamais castiga seus filhos.Todas as dores,dificuldades que o homem passa são consequências dos erros praticados pelo própio homem. II)Jesus é o melhor exemplo e modelo que Deus pode oferecer ao homem.Jesus é exemplo de amor,caridade,justiça e sempre combateu o orgulho e o egoísmo que são as chagas da humanidade.O Espiritismo relembra tudo o que Jesus ensinou:a pratica de amor e caridade,o perdão das ofensas e o combate as más inclinações cujo o homem está sujeito.O Espiritismo veio relembrar tudo que o Cristo disse e o que não podia falar naquela época ainda,pois os homens não estavam preparados para receber tantas revelações. III)O homem é um espírito encarnado em um corpo material e preexiste e sobrevive a tudo,ou seja após a morte do corpo físico o espírito retorna ao mundo espiritual ou mundo dos espíritos paralelo ao mundo físico.Os espíritos são os seres inteligêntes da criação.Podemos dizer que são a alma dos homens que viveram sobre a Terra.Os espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio adiantamento.A Rencarnação permite ao espírito evoluir e um dia chegar ao estado de espírito puro.O número de encarnações é ilimitado.Já vivemos muitas outras vidas e viveremos outras ilimitadas para nossa evolução espiritual.O espírito conserva a sua individualidade ,antes,durante e depois de cada encarnação.No universo há outros mundos habitados,com seres de diferentes graus de evolução:iguais,mais evoluidos e menos evoluidos que os homens.As relações dos espíritoscom os homens sempre existiram.Os bons espíritos nos atraem para o bem,sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam asuportá-las com coragem e resignação.Os imperfeitos nos induzem ao erro. Toda prática espírita é gratuita,como orienta o principio do evangelho:"dai de graça o que de graça recebeste".Se um dia você for a um local que te cobre pela assistência espiritual esse lugar ou essa instituição não é espírita! A prática espírita é simples e com simplicidade,sem nenhum tipo de culto exterior,dentrodo principio cristão de que Desus deve ser adorado em espírito e verdade.O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões as seguintes práticas: Altares,imagens,andores,velas,procissões,sacramentos,paramentos,bebidas acóolicas ou alucinógenos,incenso,fumo,talismã,amuletos,horóscopos,cartomancia,pirâmides,cristais ou objetos,rituais ou forma de culto exterior.Caso você va a um grupo e lá encontrar algum desses rituais esse grupo com certeza não é espírita. O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas,valoriza os esforços para a prática do bem e trabalha pela paz e confraternização entre todos os povos e entre todos os homens,independente de sua raça, cor, crença,nível social ou cultural.A Doutrina Espírita não impõe(obriga )os seus princípios.Convida os interessados a conhecê-los a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão,antes de aceitá-los.Procure um centro ou grupo espírita para melhor estudar e conhecer o Espiritismo. MARCELO PAULO -Jornalista. SOCIEDADE ESPÍRITA KARDECISTA MENSAGEIROS/GDMEM/Centro Espírita virtual Meimei

sábado, 28 de janeiro de 2012

COMUNICAÇÕES ESPÍRITAS(LIVRO DOS MÉDIUNS)ALLAN KARDEC

Natureza das Comunicações Comunicações Grosseiras - Frívolas - Sérias ou Instrutivas Dissemos que todo efeito que revela na sua causa um ato de vontade livre, por insignificante que este seja, denuncia através dele uma causa inteligente. Assim, um simples movimento da mesa que responde ao nosso pensamento ou apresenta um caráter intencional pode ser considerado como manifestação inteligente. Se acontecesse apenas isso, nosso interesse no caso seria bem reduzido. Não obstante, já teríamos uma prova de que nesses fenômenos há mais do que simples ação material. A utilidade prática que disso poderíamos tirar seria nula ou pelo menos muito restrita. Mas tudo se modifica quando essa inteligência se desenvolve, permitindo uma permuta regular e contínua de idéias. Então já não se trata de simples manifestações inteligentes, mas de verdadeiras comunicações. Os meios de que hoje dispomos permitem-nos obtê-las tão extensas, explícitas e rápidas como as que mantemos com os homens. Se houvermos compreendido bem, segundo a escala espírita (O Livro dos Espíritos, nº 100) a infinita variedade dos Espíritos no tocante à inteligência e à moralidade, facilmente conceberemos as diferenças existentes em suas comunicações. Elas devem refletir a elevação ou a inferioridade de suas idéias, seu saber ou sua ignorância, seus vícios e suas virtudes. Numa palavra, não devem assemelhar-se mais do que as dos homens, desde o selvagem até o europeu mais esclarecido. Todas as suas diferenças podem ser classificadas em quatro categorias principais. Segundo suas características decisivas, elas se apresentam grosseiras, frivolas, sérias, instrutivas. . Comunicações Grosseiras são as que contêm expressões que ferem o decoro. Só podem provir de Espíritos de baixa classe, ainda manchados por todas as impurezas da matéria, em nada diferindo das que poderiam ser dadas por homens viciosos e grosseiros. Repugnam a toda pessoa que tenha um mínimo de sensibilidade. Porque são, segundo o caráter dos Espíritos, triviais, ignóbeis, obscenas, insolentes, arrogantes, malévolas e até mesmo ímpias. . Comunicações Frívolas são as dos Espíritos levianos, zombeteiros ou maliciosos, antes astuciosos do que maus, que não dão nenhuma importância ao que dizem. Como nada têm de malsãs, agradam a certas pessoas que se divertem com elas e encontram satisfação nas conversas fúteis, em que muito se fala e nada se diz. Esses Espíritos saem às vezes com tiradas espirituosas e mordazes, misturando muitas vezes brincadeiras banais com duras verdades, que ferem quase sempre com justeza. São Espíritos levianos que pululam ao nosso redor e aproveitam todas as ocasiões de se imiscuirem nas comunicações. A verdade é o que menos os preocupa, e por isso sentem um malicioso prazer em mistificar os que têm a fraqueza e às vezes a presunção de acreditar nas suas palavras. As pessoas que gostam dessa espécie de comunicações dão naturalmente acesso aos Espíritos levianos e enganadores. Os Espíritos sérios se afastam delas, como entre nós os homens sérios se afastam das reuniões de criaturas irresponsáveis. Comunicações Sérias são as que tratam de assuntos graves e de maneira ponderada. Toda comunicação que exclui a frivolidade e a grosseria, tendo uma finalidade útil, mesmo que de interesse particular, é naturalmente séria, mas nem por isso está sempre isenta de erros. Os Espíritos sérios não são todos igualmente esclarecidos. Há muitas coisas que eles ignoram e sobre as quais se podem enganar de boa fé. É por isso que os Espíritos verdadeiramente superiores nos recomendam sem cessar que submetamos todas as comunicações ao controle da razão e da lógica mais severa. É, pois, necessário distinguir as comunicações verdadeiramente sérias das comunicações falsamente sérias, o que nem sempre é fácil, porque é graças à própria gravidade da linguagem que certos Espíritos presunçosos ou pseudo-sábios tentam impor as idéias mais falsas e os sistemas mais absurdos. E para se fazerem mais aceitos e se darem maior importância, eles não têm escrúpulo de se adornar com os nomes mais respeitáveis e mesmo os mais venerados. Este é um dos maiores escolhos da ciência prática. Voltaremos a tratar do assunto mais tarde, dando-lhe todo o desenvolvimento exigido pela sua importância, ao mesmo tempo que daremos a conhecer os meios de se prevenir o perigo das falsas comunicações. Comunicações Instrutivas são as comunicações sérias que têm por finalidade principal algum ensinamento dado pelos Espíritos sobre as Ciências, a Moral, a Filosofia, etc. Sua maior ou menor profundidade dependem do grau de elevação e de desmaterialização do Espírito. Para se obterem proveitos reais dessas comunicações, é necessário que elas sejam regulares e que sejam seguidas com perseverança. Os Espíritos sérios se ligam aos que desejam instruir-se e perseveram, deixando aos Espíritos levianos o cuidado de divertir os que só vêem nas comunicações uma forma de distração passageira. É somente pela regularidade e a freqüência dessas comunicações que podemos apreciar o valor moral e intelectual dos Espíritos com os quais nos comunicamos, bem como o grau de confiança que eles merecem. Se necessitamos de experiência para julgar os homens, de mais ainda talvez necessitemos para julgar os Espíritos. Dando a essas comunicações a qualificação de instrutivas nós a supomos verdadeiras, porque uma coisa que não fosse verdadeira não poderia ser instrutiva, mesmo que transmitida na mais empolgante linguagem. Não poderíamos, pois, incluir nesta categoria certos ensinos que de sério só têm a forma, freqüentemente empolada e enfática, através da qual Espíritos mais presunçosos do que sábios procuram enganar. Esses Espíritos, porém, não conseguindo suprir o próprio vazio, não poderiam sustentar o seu papel por muito tempo. Logo mostrariam o seu lado fraco, por pouco que as suas comunicações tenham continuidade ou que se saiba empurrá-los até os seus últimos redutos. Os meios de comunicação são muito variados. Agindo sobre os nossos órgãos e sobre todos os nossos sentidos, os Espíritos podem manifestar-se através da visão, nas aparições; do tato, pelas impressões tangíveis, ocultas ou visíveis; da audição, pelos ruídos; do olfato, pelos odores sem causa conhecida. Este último modo de manifestação, embora muito real, é indiscutivelmente o mais seguro, em virtude das numerosas causas que podem induzir em erro. Por isso, não nos demoraremos neste caso. O que devemos examinar com cuidado são os diversos meios de obter comunicações, o que vale dizer uma permuta de idéias regular e contínua. Esses meios são: as pancadas, a palavra e a escrita. Desenvolveremos o seu estudo nos capítulos especiais.(1) (1) A realidade das comunicações pelo olfato confirmou-se plenamente nas experiências espíritas e através de casos espontâneos numerosos e bem constatados, no correr dos anos à subseqüente publicação deste livro. Mas é evidente que não se trata de um meio de comunicação para troca de idéias. No tocante à linguagem dos Espíritos, as observações de Kardec no nº 137 devem ser lidas e relidas, pois se aplicam precisamente a numerosos casos de mistificação verificados na atualidade. Importante notar o rigor e a precisão com que o Codificador adverte dos perigos a que se expõem os que se deixam enganar pelos Espíritos pseudo-sábios. Verifique-se, no final do nº 136, a distinção entre comunicações verdadeiramente sérias e falsamente sérias, que é de grande interesse prático. (N. do T.)

ESPÍRITOS

Existem Espíritos? 1. A causa principal da dúvida sobre a existência dos Espíritos é a ignorância da sua verdadeira natureza. Imaginam-se os Espíritos como seres à parte na Criação, sem nenhuma prova da sua necessidade. Muitas pessoas só conhecem os Espíritos através das estórias fantasiosas que ouviram em crianças, mais ou menos como as que conhecem História pelos romances. Não procuram saber se essas estórias, desprovidas do pitoresco, podem revelar um fundo verdadeiro, ao lado do absurdo que as choca. Não se dão ao trabalho de quebrar a casca da noz para descobrir a amêndoa. Assim, rejeitam toda a estória, como fazem os religiosos que, chocados por alguns abusos, afastam-se da religião. Seja qual for a idéia que se faça dos Espíritos, a crença na sua existência decorre necessariamente do fato de haver um princípio inteligente no Universo, além da matéria. Essa crença é incompatível com a negação absoluta do referido princípio. Partimos, pois, da aceitação da existência, sobrevivência e individualidade da alma, de que o Espiritualismo em geral nos oferece a demonstração teórica dogmática, e o Espiritismo a demonstração experimental. Mas façamos, por um instante, abstração das manifestações propriamente dita, e raciocinemos por indução. Vejamos a que conseqüências chegaremos. 2. Admitindo a existência da alma e da sua individualidade após a morte, é necessário admitir também: 1º) Que a sua natureza é diferente da corpórea, pois ao separar-se do corpo ela não conserva as propriedades materiais; 2º) Que ela possui consciência própria, pois lhe atribuímos a capacidade de ser feliz ou sofredora, e que tem de ser assim, pois do contrário ela seria um ser inerte e de nada nos valeria a sua existência. Admitindo isso, é claro que a alma terá de ir para algum lugar. Mas para onde vai, e que é feito dela? Segundo a crença comum, ela vai para o Céu ou para o Inferno. Mas onde estão o Céu e o Inferno? Dizia-se antigamente que o Céu estava no alto e o Inferno embaixo. Mas que é o alto e o baixo no Universo, desde que sabemos que a Terra é redonda; que os astros giram, de maneira que o alto e o baixo se revezam cada doze horas para nós; e conhecemos o infinito do espaço, no qual podemos mergulhar a distâncias incomensuráveis? É verdade que podemos entender por lugares baixos as profundezas da Terra. Mas que são hoje essas profundezas, depois das escavações geológicas? Que são, também, essas esferas concêntricas chamadas céu de fogo, céu de estrelas, depois que aprendemos não ser o nosso planeta o centro do Universo, e que o nosso próprio Sol nada mais é do que um entre milhões de sóis que brilham no infinito, sendo cada qual o centro de um turbilhão planetário? Que foi feito da antiga importância da Terra, agora perdida nessa imensidade? E por que estranho motivo este imperceptível grão-de-areia, que não se distingue pelo seu tamanho, nem pela sua posição, nem por qualquer papel particular no cosmo, seria o único povoado de seres racionais? A razão se recusa a admitir essa inutilidade do Infinito, e tudo nos diz que esses mundos também são habitados. E se assim é eles também fornecem os seus contingentes para o mundo das almas. Então, voltamos à pergunta: em que se tornam as almas, depois da morte do corpo, e para onde vão? A Astronomia e a Geologia destruíram as suas antigas moradas, e a teoria racional da pluralidade dos mundos habitados multiplicou-as ao infinito. Não havendo concordância entre a doutrina da localização das almas e os dados das ciências, temos de aceitar uma doutrina mais lógica, que não lhes marca este ou aquele lugar circunscrito, mas dá-lhes o espaço infinito: é todo um mundo invisível que nos envolve e no meio do qual vivemos, rodeados por elas. Há nisso alguma impossibilidade, qualquer coisa que repugne à razão? Nada, absolutamente. Tudo nos diz, pelo contrário, que não pode ser de outra maneira. Mas em que se transformam as penas e recompensas futuras, se as almas não vão para determinado lugar? Vê-se que a idéia dessas penas e recompensas é absurda, e que dá motivo à incredulidade. Mas entendemos que as almas, em vez de penarem ou gozarem em determinado lugar, carregam em seu íntimo, a felicidade ou a desgraça, pois a sorte de cada uma depende de sua condição moral, e que a reunião das almas boas e afins é um motivo de felicidade, e tudo se tornará mais claro. Compreendamos que, segundo o seu grau de pureza, elas percebem e têm visões inacessíveis, às mais grosseiras; que somente pelos esforços que fazem para se melhorarem, e depois das provas necessárias, podem atingir os graus mais elevados; que os anjos são as almas humanas que chegaram ao grau supremo e que todos podem chegar até lá, através da boa vontade; que os anjos são os mensageiros de Deus, incumbidos de zelar pela execução de seus desígnios em todo o Universo, sendo felizes com essa missão gloriosa; e a felicidade de após morte será uma condição útil e aceitável, mais atraente que a inutilidade perpétua da contemplação eterna. E os demônios? Compreendamos que são almas das criaturas más, ainda não depuradas, mas que podem chegar, como as outras, ao estado de pureza, e a justiça e a bondade de Deus se tornarão racionais, ao contrário do que nos apresenta a doutrina dos seres criados para o mal de maneira irrevogável. Eis, afinal, o que a mais exigente razão, a lógica mais rigorosa, o bom senso, numa palavra, podem admitir. Como vemos, as almas que povoam o espaço são precisamente o que chamamos de Espíritos. Assim, os Espíritos são apenas as almas humanas, despojadas do seu invólucro corporal. Se os Espíritos fossem seres à parte na Criação, sua existência seria mais hipotética. Admitindo a existência das almas, temos de admitir a dos Espíritos, que nada mais são do que as almas. E se admitimos que as almas estão por toda parte, é necessário admitir que os Espíritos também estão. Não se pode, pois, negar a existência dos Espíritos sem negar a das almas. 3. Tudo isto não passa de uma teoria mais racional do que a outra. Mas já não é bastante ser uma teoria que a razão e a ciência não contradizem? Além disso, ela é corroborada pelos fatos e tem a sanção da lógica e da experiência. Encontramos os fatos nos fenômenos de manifestações espíritas, que nos dão a prova positiva da existência e da sobrevivência da alma. Há muita gente, porém, que nega a possibilidade dessas comunicações com os Espíritos. São pessoas que acreditam na existência da alma, e conseqüentemente na dos Espíritos, mas sustentam a teoria de que os seres imateriais não podem agir sobre a matéria. Trata-se de uma dúvida originada pela ignorância da verdadeira natureza dos Espíritos, da qual geralmente se faz uma idéia falsa, considerando-os seres abstratos, vagos e indefinidos, que não é verdade. Consideremos o Espírito, antes de tudo, na sua união com o corpo. O Espírito é o elemento principal dessa união, pois é o ser pensante e que sobrevive à morte. O corpo não é mais que um acessório do Espírito, um invólucro, uma roupagem que ele abandona depois de usar. Além desse envoltório material o Espírito possui outro, semimaterial, que o liga ao primeiro. Na morte, o Espírito abandona o corpo, mas não o segundo envoltório, a que chamamos de perispírito. Este envoltório semimaterial que tem a mesma forma humana do corpo, é uma espécie de corpo fluídico, vaporoso, invisível para nós no seu estado normal, mas possuindo ainda algumas propriedades da matéria. (1) (1) O apóstolo Paulo, como podemos ver na I Epístola aos Coríntios, chama o perispírito de corpo espiritual, que é o corpo da ressurreição. As investigações científicas da Metapsíquica e da Parapsicologia tiveram também de enfrentar, malgrado o materialismo dos pesquisadores, a existência desse corpo semimaterial. (N. do T.)